Proprietário
e político, nasceu em Faro, em 1855, e nesta cidade viria a falecer a 15-11-1921, com 66 anos de
idade, acometido por uma síncope cardíaca quando dirigia trabalhos agrícolas
numa das suas propriedades nos subúrbios da cidade.
Foi
uma das figuras de maior prestígio da sociedade farense do princípio do século
XX, não só pelos seus avultadíssimos meios de fortuna como também pelo
exercício de diversos cargos políticos e de administração pública.
Estudou
em Faro e depois na Universidade de Coimbra, onde ainda concluiu o 1.º ano de
Direito, pertencendo a um dos mais famosos cursos daquele tempo, no qual
pontificavam figuras como Guerra Junqueiro, João Penha, Gonçalves Crespo, etc.
Aliás foi um dos mais íntimos amigos de Gonçalves Crespo e de Carlos Relvas,
dos quais guardava gratas recordações de boémia e estúrdia política.
Desempenhou
no Algarve diversos cargos políticos e de administração pública, nomeadamente o
de Governador Civil substituto, vereador da Câmara Municipal de Faro, juiz
substituto, membro da Junta Geral do Distrito, etc.
Acima
de tudo foi uma figura de grande prestígio social, com uma integridade moral e
cívica a toda a prova, a que acrescia o seu bondosíssimo carácter. Os seus avultados meios de
fortuna permitiam-lhe zelar pela caridade e amenizar a infelicidade de muitos
dos seus concidadãos.
Foi
casado com Gertrudes Avelina Palermo Leal, oriunda das mais nobres famílias de
Faro e era pai de João Chaves Leal, que foi um dos mais ricos proprietários do
Algarve