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Maria Antónia Cúmano, 1861-1948 |
Abastado proprietário e benemérito local, nasceu a
17-05-1856, na freguesia de S. Pedro, em Faro, e residiu da rua do mesmo nome, no
palacete que pertenceu ao Dr. Lázaro Doglioni, no qual esteve sediado o Arquivo
Distrital quase até aos finais do séc.XX. Aqui viria a falecer, em 21-6-1948,
com a provecta idade de 92 anos de idade.
Foi o último descendente do Dr. Justino Cúmano, notável
médico, arqueólogo e numismata, nascido em Veneza a 20-02-1818, e falecido em
Faro a 13-03-1885, que se havia consorciado em 17-05-1855 com a ilustre dama farense,
Dª Maria Victória Pereira de Mattos, de quem teve quatro
filhos: Paulo Cúmano, Maria Antónia Cúmano (nascida em 1861, e que foi casada
com o conhecido proprietário João António Júdice Fialho), Isabel Cúmano
(nascida a 6-06-1866, e que foi casada com o ilustre engº agrónomo
Manuel de Bivar Gomes da Costa Weinholtz [1861-1901],
que foi reitor do Liceu de Faro e deputado pelo Algarve), e Constantino Cúmano (que foi casado com a cunhada Ana Hickling de Bivar
Weinholtz).
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Isabel Cúmano, 1866-1918 |
Era um cidadão ilustre e muito querido na sociedade farense, não só pelas
suas origens familiares e avultados meios de fortuna,
como também pela sua afabilidade, pela sua bondade e filantropia, ajudando
sempre as instituições de apoio aos mais carenciados.
Quando faleceu encontrava-se viúvo, desde há muitos anos,
de D.ª Rosa Carvalho Machado, estando ainda vivos as suas filhas D. Maria
Vitória e D. Maria Justina, proprietárias da Casa Paris, extinta alguns anos
depois, e os seus filhos, capitão Paulo Cúmano, Lázaro Cúmano e Francisco
Constantino Cúmano, todos a residirem em Lisboa. O seu filho cap. Paulo Cumano
ficou conhecido por ser inspector e figura proeminente dos quadros superiores
da PVDE, polícia internacional para a defesa do estado, que se ocupava quase em
exclusivo da vigilância e perseguição aos adversários políticos do regime
salazarista.