quarta-feira, 21 de setembro de 2016

CÚMANO, Paulo

Maria Antónia Cúmano, 1861-1948
Abastado proprietário e benemérito local, nasceu a 17-05-1856, na freguesia de S. Pedro, em Faro, e residiu da rua do mesmo nome, no palacete que pertenceu ao Dr. Lázaro Doglioni, no qual esteve sediado o Arquivo Distrital quase até aos finais do séc.XX. Aqui viria a falecer, em 21-6-1948, com a provecta idade de 92 anos de idade.
Foi o último descendente do Dr. Justino Cúmano, notável médico, arqueólogo e numismata, nascido em Veneza a 20-02-1818, e falecido em Faro a 13-03-1885, que se havia consorciado em 17-05-1855 com a ilustre dama farense, Dª Maria Victória Pereira de Mattos, de quem teve quatro filhos: Paulo Cúmano, Maria Antónia Cúmano (nascida em 1861, e que foi casada com o conhecido proprietário João António Júdice Fialho), Isabel Cúmano (nascida a 6-06-1866, e que foi casada com o ilustre engº agrónomo Manuel de Bivar Gomes da Costa Weinholtz [1861-1901], que foi reitor do Liceu de Faro e deputado pelo Algarve), e Constantino Cúmano (que foi casado com a cunhada Ana Hickling de Bivar Weinholtz).
Isabel Cúmano, 1866-1918
Era um cidadão ilustre e muito querido na sociedade farense, não só pelas suas origens familiares e avultados meios de fortuna, como também pela sua afabilidade, pela sua bondade e filantropia, ajudando sempre as instituições de apoio aos mais carenciados.

Quando faleceu encontrava-se viúvo, desde há muitos anos, de D.ª Rosa Carvalho Machado, estando ainda vivos as suas filhas D. Maria Vitória e D. Maria Justina, proprietárias da Casa Paris, extinta alguns anos depois, e os seus filhos, capitão Paulo Cúmano, Lázaro Cúmano e Francisco Constantino Cúmano, todos a residirem em Lisboa. O seu filho cap. Paulo Cumano ficou conhecido por ser inspector e figura proeminente dos quadros superiores da PVDE, polícia internacional para a defesa do estado, que se ocupava quase em exclusivo da vigilância e perseguição aos adversários políticos do regime salazarista.

2 comentários:

  1. Com as minhas desculpas, permito-me esclarecer que o meu tio-bisavô Paulo Cumano (1856-1948) não residiu no palacete Crispin, que pertenceu ao Dr. Lazaro Doglioni, por sua mulher, e depois a meu avô, Raul Cumano de Bivar Weinholtz, tendo aí nascido seus filhos, Isabel Luisa, minhja mãe, e José Manuel, bem como eu próprio e meu irmão Raul Manuel. Paulo Cumano foi casado com D. Gertrudes Trindade e seu filho, com o mesmo nome, é que casou com D. Rosa Carvalho Machado, com geração até à actualidade. Os meus cumprimentos Luis Bivar de Azevedo

    ResponderEliminar
  2. Prezado Doutor Luís Bivar:
    Muitíssimo obrigado pelos seus esclarecimentos e correcções, que vieram melhorar esta simples nota biográfica.
    Votos de um Feliz Ano de 2018.

    ResponderEliminar