sexta-feira, 7 de maio de 2010

GALEGO, Leonor de Guimarães


Benemérita local, Leonor Maria de Guimarães Guieiro Galego, de seu nome completo, faleceu em Faro a 26-12-1944, com 87 anos de idade.
Foi casada em primeiras núpcias com o benemérito e antigo presidente da Câmara Municipal de Faro, Domingos Joaquim Guieiro, falecido a 6-10-1913, um dos mais ricos cidadãos de Faro, que deixou a esposa como usufrutuária da fortuna por ele legada à Santa Casa da Misericórdia, na altura avaliada em cem contos.
Esse valiosíssimo legado era constituído principalmente por casas e salinas, fortuna essa que após o falecimento da viúva em 1944 passou para a efectiva posse da Misericórdia.
A viúva, D. Leonor Guimarães, casou-se em segundas núpcias com Belchior Martins Galego, que era ao tempo um conceituado comerciante da praça de Faro.
O viúvo, Belchior Martins Galego, contestou a sentença do Juiz da Comarca de Faro que, no cumprimento dos termos do legado testamentário de Domingos Guieiro, mandou entregar à Misericórdia de Faro, os bens que sua mulher, Leonor Guimarães, manteve em usufruto de vida. Só em Março de 1947 se decidiu definitivamente a questão, através da sentença do Tribunal da Relação de Lisboa que negava provimento ao recurso interposto por Belchior Galego, por considerar prescritos quaisquer direitos que o mesmo houvesse para reclamar à herança que Domingos Guieiro deixara à Misericórdia de Faro.

6 comentários:

  1. Apenas por curiosidade, gostaria de esclarer uma dúvida. De certeza que esta Senhora foi efectivamente casada co Domingos Joaquim Guieiro?
    Tive acesso a uma certidão de óbito deste senhor, em que a emsma consta como declarante do respectivo decesso, mas o estado civil do falecido consta como solteiro.
    A ser verdade esta circunstância, e não outra publicamente desconhecida, o Senhor Galego nunca pooderia almejar ter quaisquer direitos à fortuna Guieiro uma vez que a sua falecida esposa apenas seria usufrutuária da herança aberta por morte de Domingos Joaquim.
    Por favor, caso possa, esclareça-me esta dúvida.
    João Nuno Sequeira

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    1. Tem toda a razão. Essa senhora nunca foi casada com o Domingos Guieiro. Ela casou em primeiras núpcias com um tal Galego, após a morte daquele. Pena que o senhor Mesquita, repor a verdsde. Enfim problema dele...

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    2. Faltou um não, pois eu queria dizer "não queira repor..."
      Se ele quiser tenho alguns dados que poderão dar uma ajuda.

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  2. Prezado João Nuno Sequeira
    A D. Leonor Guimarães foi casada com o Domingos Guieiro, só que ele já tinha testamentado à Misericórdia de Faro a sua fortuna. Mas para que não ficasse desamparada na vida, decidiu-se em comum acordo com a Misericórdia que ficaria como usufrutuária das rendas urbanas. Mais tarde casou-se em segundas núpcias com o Galego, mas por artes que desconheço manteve-se usufrutuária dessas rendas. O processo terminou no tribunal em benefício da Misericórdia de Faro.
    O Guieiro foi casado com a Leonor Guimarães, tenho quase a certeza disso. Mas é possível que o Guieiro só tivesse legitimado a sua relação conjugal pouco antes de falecer. Você deixou-me agora com dúvidas, mas tenho a certeza que ela se casou em segundas-núpcias com o Galego, que queria ficar com a casa do antigo Magistério Primário.

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  3. Essa senhora nunca foi casada com o Domingos Guieiro. Também não foi benemérita. Não houve comum acordo com a misericórdia por parte do Domingos Guieiro, porque ele em testamento deixou-lhe só o usufruto.

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  4. Quase tudo o que diz neste blog, não corresponde à verdade e passo a indicar:

    Essa senhora nunca foi casada com Domingos Joaquim Guieiro, que morreu solteiro, não deixou descendentes (embora tivesse herdeiros) e deixou testamento. ( fácil de comprovar - no registo civil).

    Foi casada em 1ªas. núpcias com Bélchior Martins Galego ( este sim em 2ªs. núpcias ).

    Além de outras disposições deixou a essa senhora sòmente o usufruto. O testamento diz que iria deixar escrito pelo seu punho a quem deixaria os seus bens, mas se algo lhe.......então iria tudo para a misericórdia e foi o que aconteceu.

    Isto é que corresponde à verdade e é facilimo de verificar, quer no registo civil quer no arquivo distrital.

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