Benemérita local, Leonor Maria de Guimarães Guieiro Galego, de seu nome completo, faleceu em Faro a 26-12-1944, com 87 anos de idade.
Foi casada em primeiras núpcias com o benemérito e antigo presidente da Câmara Municipal de Faro, Domingos Joaquim Guieiro, falecido a 6-10-1913, um dos mais ricos cidadãos de Faro, que deixou a esposa como usufrutuária da fortuna por ele legada à Santa Casa da Misericórdia, na altura avaliada em cem contos.
Esse valiosíssimo legado era constituído principalmente por casas e salinas, fortuna essa que após o falecimento da viúva em 1944 passou para a efectiva posse da Misericórdia.
A viúva, D. Leonor Guimarães, casou-se em segundas núpcias com Belchior Martins Galego, que era ao tempo um conceituado comerciante da praça de Faro.
O viúvo, Belchior Martins Galego, contestou a sentença do Juiz da Comarca de Faro que, no cumprimento dos termos do legado testamentário de Domingos Guieiro, mandou entregar à Misericórdia de Faro, os bens que sua mulher, Leonor Guimarães, manteve em usufruto de vida. Só em Março de 1947 se decidiu definitivamente a questão, através da sentença do Tribunal da Relação de Lisboa que negava provimento ao recurso interposto por Belchior Galego, por considerar prescritos quaisquer direitos que o mesmo houvesse para reclamar à herança que Domingos Guieiro deixara à Misericórdia de Faro.
Apenas por curiosidade, gostaria de esclarer uma dúvida. De certeza que esta Senhora foi efectivamente casada co Domingos Joaquim Guieiro?
ResponderEliminarTive acesso a uma certidão de óbito deste senhor, em que a emsma consta como declarante do respectivo decesso, mas o estado civil do falecido consta como solteiro.
A ser verdade esta circunstância, e não outra publicamente desconhecida, o Senhor Galego nunca pooderia almejar ter quaisquer direitos à fortuna Guieiro uma vez que a sua falecida esposa apenas seria usufrutuária da herança aberta por morte de Domingos Joaquim.
Por favor, caso possa, esclareça-me esta dúvida.
João Nuno Sequeira
Tem toda a razão. Essa senhora nunca foi casada com o Domingos Guieiro. Ela casou em primeiras núpcias com um tal Galego, após a morte daquele. Pena que o senhor Mesquita, repor a verdsde. Enfim problema dele...
EliminarFaltou um não, pois eu queria dizer "não queira repor..."
EliminarSe ele quiser tenho alguns dados que poderão dar uma ajuda.
Prezado João Nuno Sequeira
ResponderEliminarA D. Leonor Guimarães foi casada com o Domingos Guieiro, só que ele já tinha testamentado à Misericórdia de Faro a sua fortuna. Mas para que não ficasse desamparada na vida, decidiu-se em comum acordo com a Misericórdia que ficaria como usufrutuária das rendas urbanas. Mais tarde casou-se em segundas núpcias com o Galego, mas por artes que desconheço manteve-se usufrutuária dessas rendas. O processo terminou no tribunal em benefício da Misericórdia de Faro.
O Guieiro foi casado com a Leonor Guimarães, tenho quase a certeza disso. Mas é possível que o Guieiro só tivesse legitimado a sua relação conjugal pouco antes de falecer. Você deixou-me agora com dúvidas, mas tenho a certeza que ela se casou em segundas-núpcias com o Galego, que queria ficar com a casa do antigo Magistério Primário.
Essa senhora nunca foi casada com o Domingos Guieiro. Também não foi benemérita. Não houve comum acordo com a misericórdia por parte do Domingos Guieiro, porque ele em testamento deixou-lhe só o usufruto.
ResponderEliminarQuase tudo o que diz neste blog, não corresponde à verdade e passo a indicar:
ResponderEliminarEssa senhora nunca foi casada com Domingos Joaquim Guieiro, que morreu solteiro, não deixou descendentes (embora tivesse herdeiros) e deixou testamento. ( fácil de comprovar - no registo civil).
Foi casada em 1ªas. núpcias com Bélchior Martins Galego ( este sim em 2ªs. núpcias ).
Além de outras disposições deixou a essa senhora sòmente o usufruto. O testamento diz que iria deixar escrito pelo seu punho a quem deixaria os seus bens, mas se algo lhe.......então iria tudo para a misericórdia e foi o que aconteceu.
Isto é que corresponde à verdade e é facilimo de verificar, quer no registo civil quer no arquivo distrital.