quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SILVEIRA, Maria Caiado da


Benemérita local, nasceu em S. Brás de Alportel e faleceu em Faro, a 26-9-1954, com 89 anos de idade.
Prestigiada senhora da melhor sociedade do seu tempo, estimada e admirada pelas suas acções de benfeitoria para com a Igreja católica, de que era fiel servidora e muito crente, e para com os pobres que todos os dias lhe batiam à porta em busca de alimento e protecção. O facto de ser a conceituada viúva do famoso e muito abastado proprietário Mateus Joaquim da Silveira, permitia-lhe despender significativas verbas em prol dos mais carenciados, distribuindo esmolas e apoiando diversas obras sociais ou instituições de benemerência local, como era o caso da Misericórdia, do Refúgio das Raparigas, das Florinhas do Sul, do Asilo de Santa Isabel, etc.
Entre as suas acções de apoio à Igreja merece particular destaque o financiamento das obras de restauro da Capela de S. Sebastião, situada no largo que tem o mesmo nome, cujas origens deverão remontar ao séc. XVII. Também a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, a cuja Ordem Terceira pertencia com honra e muito orgulho, recebeu sempre que necessário as suas avultadas esmolas, para recuperação dos retábulos e embelezamentos das capelas.
Era mãe de D. Maria da Silveira Santana, que foi casada com José Joaquim Santana; de D. Berta Bebiana da Silveira Barbosa, que estava viúva do Dr. António dos Reis da Silva Barbosa; de D. Adelaide Gabriela da Silveira Borges, casada com Henrique Borges, que foi um amador das letras e colaborador da imprensa farense. Deixou vários netos e bisnetos, que estão hoje ainda felizmente vivos mantendo acesa, e com igual prestígio, o nome da família Silveira.

3 comentários:

  1. Obrigada por mais esta crónica.
    Abraço.

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  2. José carlos Vilhena Mesquita, agradeço-te esta homenagem à minha bisavó. Quero apenas dizer-te que a mesma tinha mais uma filha, a mais nova - Joaquina Cristina Caiado da Silveira de Branco e Brito, casada com o Almirante Domingos António Callado de Branco e Brito. É normal que o não tenhas sabido pois a mesma morreu muito Jovem, por isso em Faro pouca gente se lembra dela. Eu próprio nunca a conheci. Abraço Daniel Santana

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    1. Obrigado, amigo Santana, pelo seu valioso contributo para a actualização desta breve notícia biográfica da sua bisavó, que foi uma das senhoras mais notáveis da sociedade farense do séc. XX. De facto desconhecia a existência dessa filha mais nova. Obrigado pela sua colaboração e boa amizade. Um abarço do Vilhena Mesquita

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