Senhora da mais elevada sociedade farense e descendente das mais nobres e prestigiadas famílias algarvias. Era natural de Faro, onde faleceu a 5-5-1950, com 53 anos de idade. Era a esposa do conhecido e muito estimado Raul Cúmano de Bivar Weinholt, vereador na Câmara de Faro e presidente da Comissão Municipal de Turismo.
Dotada de uma educação esmerada, aliava a sua superior inteligência a um soberbo porte de nobreza, quer nos sentimentos como nas atitudes sociais, dedicando-se a obras de solidariedade para com os mais desprotegidos, com especial incidência nas crianças e nas mulheres pobres. As crianças do asilo de Santa Isabel em Faro foram objecto permanente do seu desvelo.
Gozava da mais profunda estima do povo farense, não só pelas suas origens como também pelas suas actividades de benemerência, auxiliando os desfavorecidos com boa parte dos seus bens de fortuna. Do seu finíssimo espírito e preclaras virtudes nasceu em torno do seu nome e da sua casa um ambiente de bondade e uma fama de santidade, que o povo animava a todo o momento com a divulgação de novos gestos de altruísmo e inimitável generosidade.
Um ano antes de falecer declarou-se-lhe uma doença incurável, com a qual lutou com grande coragem, padecendo de doloroso sofrimento que o povo foi acompanhando com indescritível tristeza. Por isso quando faleceu teve o maior enterro de que havia memória na cidade. As senhoras mais ilustres da sociedade algarvia, concentraram-se junto ao féretro, acompanhadas pelos representantes das principais instituições e autoridades locais. O município mandou colocar as bandeiras a meia haste em sinal de luto e em respeito à memória da sua ínclita cidadã.
Era filha de D. Maria Teresa Eusébio da Fonseca e do conhecido industrial José Alexandre da Fonseca, figura de proa da sociedade farense. Era irmã de D. Maria Teresa Fonseca Leal de Oliveira, do industrial José Alexandre Eusébio da Fonseca, do Dr. Manuel Eusébio da Fonseca, do major do Estado Maior, Jorge Eusébio da Fonseca e do comandante Henrique Eusébio da Fonseca, que foi capitão do porto de Olhão.
Era mãe de D. Isabel Luísa Fonseca de Bivar Azevedo e de José Manuel Fonseca de Bivar Weinholtz.
Venho agradecer, muito sensibilizado, as elogiosas referências que faz a minha Avó, Maria Gabriela da Fonseca de Bivar Weinholtz, no blogue "Promontório da Memória".
ResponderEliminarNa verdade, a figura exemplar e irradiante de minha Avó, não só deixou profunda saudade, ainda hoje muito sentida, como marcou fortemente a minha geração e continua a ser referência familiar prioritária para os meus filhos e netos.
O reconhecimento público das suas qualidades e do seu carácter, feito por alguém que muito consideramos, é, assim, motivo de orgulho para todos nós e razão acrescida para reiterar o nosso agradecimento.
Os meus melhores cumprimentos
Luis de Bivar Weinholtz de Azevedo
Muitíssimo obrigado pelas suas palavras.
ResponderEliminarReconheço na minha Senhora sua Avó uma mulher de eleição, uma cidadã de raríssimas qualidades cívica e morais, a quem a cidade de Faro e o Algarve muito devem ainda.
Esperto que continue a visitar os meus blogues.