Sacerdote,
nasceu na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e faleceu em Lisboa, a
16-7-1949, com 65 anos de idade. Era filho de D. Ana Seco Alberto e de Manuel
António Alberto.
Estudou no
Seminário de S. José, em Faro, onde se ordenou presbítero, sendo desde logo
considerado como um jovem talentoso e uma das mais seguras promessas da diocese
algarvia. Pelo facto de ser muito inteligente e dedicado à vida religiosa é que
o bispo D. António Mendes Belo o incluiu naquela plêiade de sacerdotes
algarvios, que o acompanharam até à solene cerimónia da sua consagração como
Cardeal Patriarca de Lisboa. Ficaram todos na capital, auxiliando o antigo
prelado do Algarve no difícil desempenho do seu múnus religioso. Aliás, quando
ainda seminarista já o António Alberto se tornara no fâmulo de D. Mendes Belo,
que nele depositava a maior confiança.
Cerimónia da investidura de D. António Mendes Belo,
realizada a 5-3-1908, O p.e António Alberto é um dos
acólitos junto às varas do pálio. (Occidente, de 10-3-1908) |
No
Patriarcado de Lisboa permaneceria como secretário particular do eminente
purpurado durante 26 anos, servindo com o maior desvelo e competência, a ponto
de o acompanhar a Roma na altura do Conclave de 1922.
Quando
ingressou no Cabido da Sé Patriarcal dedicou-se aos serviços de assistência aos
pobres, sendo pelas suas qualidades de gestão, e inquestionável seriedade, escolhido para tesoureiro geral da Obra das Vocações. Sempre muito activo e
dedicado prestaria ainda relevantes serviços na Arquiconfraria do Santíssimo
Sacramento das freguesias de S. Julião e de N.ª S.ª de Fátima, de Lisboa, da
qual era, aliás, irmão benemérito.
Partiu da
sua iniciativa a aquisição do Palácio de Santa Ana à Misericórdia de Lisboa,
para nele ficar instalado o Patriarcado.
Possuía
avultados bens de fortuna que à sua morte foram legados à Igreja, sendo por
decisão testamentária doados ao seminário de Faro a importante quantia de mil
libras.
Ficou sepultado no cemitério do Alto de S. João em Lisboa.
Ficou sepultado no cemitério do Alto de S. João em Lisboa.
O Padre António Alberto foi, e ainda deve ser considerado, uma das grandes figuras da patriarcal ulissiponense, mas também da diocese algarvia, infelizmente hoje ignorado e injustamente esquecido.
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