sábado, 25 de junho de 2016

ALEXANDRE, Manuel

Capitão do exército, natural de Faro que faleceu na vila de Olhão, para onde acabara de mudar a sua residência, a 31-1-1935, com 51 anos de idade.
As suas ideias nacionalistas, muito próximas dos novos movimentos ideológicos que despontavam na Itália e na Alemanha, tornaram-no conhecido das chefias militares que estiveram directamente envolvidas na revolução do “28 de Maio”, que em 1926 derrubou a democracia e instituiu a ditadura em Portugal. Não admira pois que tivesse sido aproveitado para desempenhar diversas funções políticas e administrativas ligadas à ditadura. Inclusivamente foi designado para presidir à comissão concelhia da União Nacional em Faro.
Assim, logo após o movimento do“28 de Maio”, foi nomeado governador Civil substituto do Algarve. E nos anos seguintes, ou seja entre 1927 e 1935, desempenhou vários cargos políticos, nomeadamente o de Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Faro, administrador do concelho de Olhão e depois de Portimão, tendo por fim, em 1933, aceitado o lugar de Delegado do Instituto Nacional do Trabalho no Algarve.
Faleceu repentinamente com um AVC, derrame cerebral, que o abateu em poucos minutos quando se encontrava a trabalhar. Foi casado com D.ª Maria João Martins Alexandre, de quem teve um único filho, Álvaro Manuel Alexandre, ao tempo aluno da escola militar. Era irmão de Aníbal Alexandre, farmacêutico que emigrara poucos anos antes para Pau da Bandeira, no Lobito, em Angola.

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