Capitão do
exército, natural de Faro que faleceu na vila de Olhão, para onde acabara de
mudar a sua residência, a 31-1-1935, com 51 anos de idade.
As suas
ideias nacionalistas, muito próximas dos novos movimentos ideológicos que
despontavam na Itália e na Alemanha, tornaram-no conhecido das chefias
militares que estiveram directamente envolvidas na revolução do “28 de Maio”,
que em 1926 derrubou a democracia e instituiu a ditadura em Portugal. Não
admira pois que tivesse sido aproveitado para desempenhar diversas funções
políticas e administrativas ligadas à ditadura. Inclusivamente foi designado
para presidir à comissão concelhia da União Nacional em Faro.
Assim, logo
após o movimento do“28 de Maio”, foi nomeado governador Civil substituto do
Algarve. E nos anos seguintes, ou seja entre 1927 e 1935, desempenhou vários
cargos políticos, nomeadamente o de Presidente da Comissão Administrativa da
Câmara Municipal de Faro, administrador do concelho de Olhão e depois de
Portimão, tendo por fim, em 1933, aceitado o lugar de Delegado do Instituto
Nacional do Trabalho no Algarve.
Faleceu
repentinamente com um AVC, derrame cerebral, que o abateu em poucos minutos
quando se encontrava a trabalhar. Foi casado com D.ª Maria João Martins
Alexandre, de quem teve um único filho, Álvaro Manuel Alexandre, ao tempo aluno
da escola militar. Era irmão de Aníbal Alexandre, farmacêutico que emigrara
poucos anos antes para Pau da Bandeira, no Lobito, em Angola.
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