segunda-feira, 27 de maio de 2019

Cartaz Turístico da aldeia de CACHOPO

Este deve ser o mais antigo documento turístico de Cachopo

A antiga comissão municipal de Turismo da cidade de Tavira, constituída por cidadãos locupletados entre os mais ilustres da sociedade local, mandaram imprimir na Tipografia Modelo, a 14-2-1953, um cartaz de propaganda das belezas naturais e turísticas da aldeia de Cachopo, perdida nos recônditos da serra do Caldeirão. O cartaz é simples, mas não é destituído de bom gosto. Tem as dimensões de 45x35cm, emoldurado a vermelho com cinco gravuras impressas a azul e uma belíssima quadra de Virgínio Pires, um dos mais talentosos poetas algarvios, que, tal como a belíssima aldeia de Cachopo, está hoje injustamente esquecido e ignorado. A quadra, ao jeito popular, personifica a aldeia que se dirige ao visitante, revelando-lhe as características revivificantes do seu o ar puro e das águas férreas das suas fontes:

Vivo encravada na serra,
Tenho a pureza do ar,
E a água férrea nas fontes
Noite e dia a murmurar.

Termina o apelativo cartaz com a promessa de levar àquele povo o progresso da rede telefónica, isto é, de quebrar o seu isolamento e de o colocar em contacto com o mundo. Está aqui bem expressa a importância das telecomunicações, que justificam a nossa civilização global. Deixo-vos a imagem desse curioso cartaz, que encontrei no meio de alguns dos meus velhos papéis.

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