segunda-feira, 14 de junho de 2010

NOGUEIRA, Maria da Conceição Corte-Real Moniz


Senhora das mais fidalgas origens e da elite farense, nasceu em 1914 em Vila Nova de Portimão e faleceu em Faro, onde residia, a 31-12-1953, com apenas 39 anos de idade. Era enteada de D. Maria Luísa Leote do Rego Mendonça Corte-Real e filha do, então já falecido, médico Dr. Francisco Vito de Mendonça Corte Real, que foi uma das figuras de maior relevo na sociedade algarvio nos finais de Oitocentos.
Foi esposa amantíssima do ilustre médico e publicista Dr. João Moniz Nogueira, na altura director da Casa de Saúde, da Aliança Francesa e presidente da Direcção Diocesana da Liga Católica.
Pelas suas qualidades humanas e diamantino carácter desfrutava de grande estima no seio da sociedade farense, sendo presença constante junto das famílias mais carenciadas, levando ajuda material e uma palavra de conforto aos doentes e idosos. As crianças desvalidas, que sobreviviam em lastimável pobreza, eram também objecto da sua extremosa caridade. Pelo seu bondosíssimo coração fazia parte de várias instituições de caridade, de benemerência social e pertencia á direcção da Acção Católica em Faro.
Deixou dois filhos, ainda crianças, que não se conformavam com tão precoce desenlace.
A notícia do seu falecimento deixou a cidade em estado de choque, a ponto de várias festas e bailes de passagem de ano terem sido canceladas em sinal de luto e em respeito à sua memória. O seu funeral, realizado no dia 1 de Janeiro foi uma manifestação do mais sentido pesar, com a presença de centenas de pessoas oriundas de quase todo o Algarve. Por sua determinação ficou soterrada em campa rasa, como símbolo da sua humildade e desdouro pelas glórias terrenas.
Era irmã de D. Francisca Castel-Branco de Mendonça Corte-Real Costa de Azevedo e de Francisco Castel Branco Corte-Real, que foi um dos mais abastados proprietários da cidade de Lagos; era cunhada do major Josino Francisco Costa de Azevedo, que foi professor do Colégio Militar de Lisboa; de Lucília Amália Libreiro de Mascarenhas Corte-Real; e de Joaquim Pedro da Silva Negrão, rico proprietário em Lagos.

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