terça-feira, 14 de julho de 2009

Hospital de Oncologia, em Portimão


Em 1946, o major David Rodrigues Neto, um contumaz nacionalista que escreveu alguns textos polémicos contra o “regabofe” republicano, teve um gesto de altruísmo que veio demonstrar à saciedade não só a sua generosidade como ainda a superioridade do seu carácter.
Esse gesto consistiu na doação ao Instituto Português de Oncologia de uma vasto terreno em Portimão, para nele se instalar o centro de diagnóstico e tratamento do cancro. A escritura de doação do terreno foi firmada a 22-10-1947, pelo outorgante doador, pela sua esposa D. Maria Firmina Júdice de Abreu Neto e pelo chefe da secção de finanças de Portimão, em representação do Estado, tendo assistido ao acto o governador civil do distrito, Dr. Antero Cabral. A escritura foi lavrada nas notas da Dr.ª Mariana Carapeto dos Santos Patrício, notária naquela cidade, na qual se definiu que o terreno doado ao Instituto Português de Oncologia tinha 15.000 m2, situado no sítio de S. Sebastião, junto à estrada para o Alvor, no qual aquele Instituto se responsabilizaria pela construção de uma unidade hospitalar para o combate ao cancro, a qual na altura ficou orçada em 12 mil contos.
Creio que o mesmo veio ou não a ser aproveitado para o fim em vista. Em todo o caso a oferta do terreno para o desenvolvimento da saúde em Portimão é uma prova do seu altruísmo e amor regionalista.
J.C.V.M.

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