domingo, 12 de julho de 2009

O edifício da Caixa Geral de Depósitos em Faro

Suscitou enorme polémica a decisão do governo central de autorizar em meados dos anos quarenta, no século passado, da construção do actual edifício da Caixa Geral de Depósitos no início da Rua do Rego, actual rua de St.º António. Foi o que se pode dizer uma afronta à edilidade e ao povo farense, pois que desvirtuou completamente o equilíbrio urbanístico da baixa da cidade. Nessa altura, alguns cidadãos e até órgãos da imprensa local empertigaram-se nos protestos difundidos nas suas colunas, chegando mesmo a contestar o governo da ditadura pelo facto de não querer atender às justíssimas contestações dos cidadãos farenses, que aprovavam a construção daquela sucursal bancária noutra artéria da cidade.
Esta polémica andou em surdina até 24-2-1950, altura em que o Tribunal de Contas aprovou o contrato celebrado entre a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais a firma Fernando Pires Coelho Ld.ª para a execução da empreitada de construção daquele edifício da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência de Faro, no valor de 2.389.000$00. Acrescente-se que a mesma firma ganhara também a empreitada da construção da Caixa em Elvas pelo valor de 1.587.000$00.
J. C. Vilhena Mesquita

Sem comentários:

Enviar um comentário